Na última terça-feira (7), a Justiça de São Paulo proferiu uma decisão que condena o apresentador Neto e a emissora Band a pagarem uma indenização de R$ 500 mil ao técnico Jorge Sampaoli. A acusação de racismo, feita em 2019, não foi comprovada pelo ex-ídolo do Corinthians.
O caso, que tramitava na 1ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), teve como base uma declaração polêmica de Neto no programa Os Donos da Bola. Em 18 de abril, o apresentador afirmou que o ex-jogador Serginho Chulapa havia confidenciado que o atual preparador de goleiros do Santos, Sebastião Martins Oliveira Júnior (conhecido como Arzul), foi maltratado por Sampaoli. Neto insinuou que o técnico argentino havia sido racista.
Em outra ocasião, no programa Baita Amigos!, Neto aprofundou as acusações: “Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém.”
Entretanto, em depoimento à Justiça, Arzul negou que Sampaoli tenha cometido qualquer ato de racismo contra ele ou outros funcionários do Santos. O ex-jogador Serginho Chulapa, que seria a fonte da polêmica para Neto, não compareceu para depor.
Na sua defesa, Neto alegou que Sampaoli praticava um racismo velado, sem ser diretamente ofensivo. O juiz Cassio Pereira Brisola, responsável pelo caso, considerou que Neto e a Band extrapolaram o limite de liberdade de expressão ao dar informações inverídicas que prejudicaram a honra de Sampaoli. Assim, determinou que a Band e o ex-jogador do Corinthians pagassem R$ 500 mil de multa por dano moral e se retratassem ao vivo durante o programa Os Donos da Bola.
A sentença ainda pode ser objeto de recurso em instâncias superiores, mas, por ora, representa uma vitória para Jorge Sampaoli, que busca reparação por danos causados à sua reputação.
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