Um mistério que intrigava cientistas há mais de cinco décadas finalmente foi resolvido. Pesquisadores britânicos descobriram um novo grupo sanguíneo, denominado “MAL”, que pode ter implicações significativas para a medicina transfusional e o tratamento de doenças raras. A descoberta amplia nosso entendimento sobre a complexidade do sangue humano e também oferece novas perspectivas para diagnósticos e tratamentos médicos.
Geralmente, quando pensamos em tipos sanguíneos, os sistemas ABO e Rh vêm à mente. No entanto, existem outros 45 sistemas de grupos sanguíneos reconhecidos, que juntos contêm mais de 360 antígenos. A descoberta do sistema “MAL” adiciona um novo capítulo a essa complexa história. O antígeno AnWj, que define este novo grupo, é extremamente raro, presente em apenas 0,01% da população.
A história do antígeno AnWj começou em 1972, quando foi identificado pela primeira vez no hemograma de uma mulher grávida. Desde então, sua origem genética permaneceu um enigma. Pesquisadores do Reino Unido, após anos de estudos, descobriram que o antígeno AnWj é transportado pela proteína MAL. A ausência desta proteína, devido a deleções homozigotas no gene que a expressa, resulta no fenótipo AnWj-negativo.
A presença ou ausência do antígeno AnWj pode ter sérias implicações para transfusões de sangue. Pacientes AnWj-negativos, quando expostos a sangue AnWj-positivo, podem sofrer reações adversas graves.
A descoberta do novo grupo sanguíneo “MAL” é um marco significativo na ciência médica. Ela não só resolve um mistério de 50 anos, mas também oferece novas oportunidades para melhorar a saúde e o bem-estar de pacientes em todo o mundo. À medida que continuamos a desvendar os segredos do sangue humano, cada descoberta nos aproxima de um futuro onde tratamentos mais seguros e eficazes estão ao alcance de todos.
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