O vencedor do Oscar de ‘A Forma da Água’ e ‘O Labirinto do Fauno’ compartilhou suas opiniões sobre o futuro da IA no Festival de Cinema de Veneza.
Guillermo del Toro não está preocupado com a inteligência artificial dominando o mundo ou com a arte do cinema. O aclamado diretor, que atua como presidente do júri no Festival de Cinema de Veneza, disse acreditar que a criatividade e a emoção humanas sempre prevalecerão sobre as máquinas.
“Acho que a IA é uma ferramenta, não um fim”, disse ele numa conferência de imprensa na quarta-feira. “Acho que podemos usá-lo para melhorar a nossa narrativa, para encontrar novas formas de expressão, mas não creio que possa substituir o coração humano ou a alma humana.”
Del Toro, que ganhou o Oscar de melhor diretor e melhor filme pelo filme “A Forma da Água”, de 2017, disse estar fascinado pelo potencial da IA, mas também ciente de suas limitações e perigos.
“Acho que a IA pode ser uma grande aliada, mas também uma grande inimiga”, disse ele. “Penso que temos de ter muito cuidado com a forma como a utilizamos, como a regulamos, como a monitorizamos. Penso que a IA pode ser uma força para o bem, mas também uma força para o mal.”
O cineasta mexicano, conhecido por suas visões imaginativas e sombrias de contos de fadas, monstros e terror, disse que está sempre em busca de novas maneiras de contar histórias que conectem o público em um nível emocional.
“Acho que contar histórias é uma forma de arte muito antiga e está muito ligada à nossa sobrevivência como espécie”, disse ele. “Acho que contar histórias é uma forma de nos compreendermos, de compreender o mundo, de criar significado a partir do caos. Acho que contar histórias é um esforço muito humano e não creio que qualquer máquina possa replicar isso.”
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