A cantora Anitta foi intimada pela Justiça do Rio de Janeiro a apresentar as imagens do circuito interno de TV de sua casa, em processo aberto por uma fã idosa após o lançamento do documentário “Anitta – Made In Honório”. A artista afirmou que é impossível mostrar as imagens do circuito interno de TV de sua casa, pois o equipamento apaga automaticamente o que é gravado, ao gravar por cima da memória antiga após um período. Segundo a defesa da cantora, as gravações não estavam mais disponíveis no HD do circuito interno de segurança quando o processo foi ajuizado. O juiz Josué de Matos Ferreira, em despacho publicado no dia 5 de setembro de 2023, determinou que Anitta prove que as imagens do circuito interno da sua casa foram perdidas em razão do decurso do tempo e sobreposição das gravações, conforme alegou a defesa da artista.
A fã idosa, Maria Ilza de Azevedo, diz ter sido exposta sem o seu consentimento no documentário “Anitta: Made In Honório”, da Netflix. No quinto episódio da série quase-documental, Maria Ilza é retratada como uma fã desequilibrada que invadiu o condomínio e conseguiu entrar sem convite na casa da cantora no Rio Janeiro, mas o advogado da fã, Gabriel de Paula Ferreira, alega que ela foi autorizada a entrar na mansão e que, pela forma como foram veiculadas as cenas, a sua cliente se sentiu ridicularizada.
A Justiça do Rio de Janeiro havia dado 15 dias para a cantora comprovar a alegação sobre as imagens do circuito interno de sua casa. A defesa da cantora afirmou que é impossível produzir o material do circuito de imagens. O objetivo, segundo o magistrado, é para que possa ser reavaliada, em contraditório, a viabilidade da produção dessa prova na ação movida por Maria Ilza.
Este é caso bastante complicado, principalmente por levantar questões importantes sobre a privacidade e segurança das pessoas, já que a série da Netflix é quase uma propaganda da Anitta, inclusive tendo sido criticada pelo viés adotado. Vale ressaltar que é importante que as pessoas sejam protegidas de exposição não autorizada. A Justiça deve garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados e que as leis sejam aplicadas de forma justa e equitativa.
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